Foto: Nattércia Damasceno
O Varadouro (Festival de Música Independente do Acre) aconteceu no Amazônia Rio, nos dias 25, 26 e 27 de setembro, reunindo 21 bandas, não só do Acre, mas de outros estados brasileiros como Amapá, Pará, São Paulo, Distrito Federal, Paraná, Ceará e Pernambuco. Além das atrações nacionais, o Festival contou com duas bandas internacionais: La Mente, do Peru, e Mostruo, da Argentina.
Para ressaltar o nome, o evento passou a ideia de estarmos em seringais. Quem marcou presença no Festival pôde trilhar pelos varadouros dos seringais Astral, Cachoeira e Bom Destino. As bandas misturavam-se com o verde das árvores que ilustrava o fundo do palco.
Mas, alguns seringueiros da “hipermodernidade” acharam o Varadouro muito longe, com muitas formiguinhas, estradas de seringa com ladeiras imensas para chegar ao Seringal Astral. Mas, é perdoável, pois esses seringueiros da “hipermodernidade” nunca participaram de empates, nunca acordaram às três da madrugada para varar quilômetros de seringa, correndo o perigo de serem surpreendidos por bichos bem maiores que formigas. Tudo isso para garantir comida para seus filhotes, já que a borracha só enriquecia os patrões.
Outros discordaram do fato de o evento cobrar entrada depois das 20 horas. Segundo a estudante Maíra Menezes, cobrar entrada não faz sentido num evento que tem o incentivo da Lei Rouanet. “Essa lei de incentivo foi criada para promover a ampliação do acesso à cultura. Para a cultura ser livre todo mundo tem que ter acesso a ela, independentemente de horários. E eu percebi que o Varadouro não está atingindo a classe menos favorecida”, opinou. Já sofremos tanto como seringueiros. Afinal, não se paga para entrar na floresta. Ou paga-se? Pelo menos, na floresta acreana, não pagamos. Ou pagamos?
Para ressaltar o nome, o evento passou a ideia de estarmos em seringais. Quem marcou presença no Festival pôde trilhar pelos varadouros dos seringais Astral, Cachoeira e Bom Destino. As bandas misturavam-se com o verde das árvores que ilustrava o fundo do palco.
Mas, alguns seringueiros da “hipermodernidade” acharam o Varadouro muito longe, com muitas formiguinhas, estradas de seringa com ladeiras imensas para chegar ao Seringal Astral. Mas, é perdoável, pois esses seringueiros da “hipermodernidade” nunca participaram de empates, nunca acordaram às três da madrugada para varar quilômetros de seringa, correndo o perigo de serem surpreendidos por bichos bem maiores que formigas. Tudo isso para garantir comida para seus filhotes, já que a borracha só enriquecia os patrões.
Outros discordaram do fato de o evento cobrar entrada depois das 20 horas. Segundo a estudante Maíra Menezes, cobrar entrada não faz sentido num evento que tem o incentivo da Lei Rouanet. “Essa lei de incentivo foi criada para promover a ampliação do acesso à cultura. Para a cultura ser livre todo mundo tem que ter acesso a ela, independentemente de horários. E eu percebi que o Varadouro não está atingindo a classe menos favorecida”, opinou. Já sofremos tanto como seringueiros. Afinal, não se paga para entrar na floresta. Ou paga-se? Pelo menos, na floresta acreana, não pagamos. Ou pagamos?